sábado, 4 de junho de 2011

Gincana Genética: Tarefa 03 - Fichamento 6


ESTUDO DA DRENAGEM LINFÁTICA E EFICÁCIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NA DETECÇÃO DE METÁSTASES LINFONODAIS EM PACIENTES CLINICAMENTE COM CARCINOMA ESPINOCELULAR DE BOCA E OROFARINGE

Ficha de Citações por Ícaro Meneses

Regina, A. da S. F.; Nóbrega, E. P. L.; Paes, O. de A.; Paulo, L. K.; Radiol. Bras vol.35 no.2 São Paulo Mar. 2002

 

“O exame clínico não é suficiente para avaliar, com precisão, o envolvimento linfonodal em carcinomas de boca e orofaringe. Avaliamos 21 pacientes portadores de carcinoma espinocelular de boca e orofaringe, estadiados clinicamente como N0. Em todos os pacientes foi feita tomografia computadorizada de face e pescoço, e linfocintilografia. A sensibilidade e a especificidade da tomografia computadorizada foram de 16% e 73% para o lado homolateral, e 0% e 90% para o contralateral, respectivamente. Drenagem linfática foi vista em 76,2% dos casos. A não-migração ocorreu em casos de difícil injeção do radiofármaco, como fossa amigdaliana e região retromolar. A migração bilateral ocorreu apenas em casos de soalho bucal, em que havia envolvimento da linha mediana. A partir desses resultados conclui-se que a tomografia computadorizada foi menos eficiente que o exame clínico. Porém, o tomógrafo utilizado foi o não-helicoidal e, portanto, a eficácia do tomógrafo helicoidal não foi avaliada. A linfocintilografia foi útil na avaliação de pacientes clinicamente N0 e estamos utilizando o método para avaliar linfonodo sentinela nos carcinomas de boca.”

“O câncer de boca e orofaringe mais freqüente é o carcinoma espinocelular. A disseminação metastática destes tumores se dá, na maioria das vezes, pelos vasos linfáticos. Portanto, linfonodos cervicais têm alto risco de conter metástases, sendo este o fator prognóstico mais importante, levando à redução da probabilidade do controle regional da doença e diminuição da sobrevida destes pacientes(1,2).”

“Apenas o exame clínico não é suficiente para avaliar o envolvimento local e as metástases regionais. Principalmente em casos de pescoços clinicamente negativos, a falha do exame clínico em detectar metástases em linfonodos pode chegar a 40%(3,4). Por outro lado, temos pacientes clinicamente N0 que não têm metástases no exame histopatológico ou que são estadiados incorretamente (falso-positivos), que recebem tratamentos desnecessários, causando efeitos cosméticos e funcionais indesejáveis e aumento da morbidade(5,6). Determinar se a dissecção eletiva do pescoço será benéfica para o paciente continua sendo importante dilema clínico.”

 “A linfocintilografia atualmente é usada para verificar as vias de drenagem e localização de linfonodos sentinelas. São poucos os estudos do método no carcinoma espinocelular de boca e orofaringe, mas sabe-se que em melanomas e tumores de mama os resultados são muito satisfatórios(11,12). O carcinoma espinocelular de boca e orofaringe possui drenagem linfática profunda e complexa, sendo, portanto, mais difícil de ser avaliado pela linfocintilografia.”

"Este estudo mostrou que a drenagem linfática em pacientes clinicamente N0 foi registrada na maioria dos casos. A presença de micrometástases não impediu a migração do radiofármaco na maioria dos casos. Tumores do soalho bucal mostraram predominantemente drenagem bilateral, sendo que a não-migração do radiofármaco se deu em casos localizados em regiões de maior dificuldade de injeção A linfocintilografia pode ser útil na avaliação de pacientes clinicamente N0, e atualmente estamos utilizando-a para detecção de linfonodos sentinelas em carcinoma de boca e orofaringe. A TC foi menos eficiente que o exame clínico na avaliação de linfonodos metastáticos. Entretanto, os tomógrafos helicoidais são os mais indicados para avaliação do pescoço, embora sua eficácia na determinação de metástases linfonodais precise ser mais bem avaliada no Brasil."

Nenhum comentário:

Postar um comentário