Caracterização
do diagnóstico tardio do câncer de boca no estado de Alagoas
Ficha de Citações por Ícaro Meneses
Carlos, L. O. Dos S.; Medeiros, O. B.; Cristina, M. T. C.; Braz. j. otorhinolaryngol. (Impr.) vol.76 no.4 São Paulo July/Aug. 2010
“O câncer
de boca, no Brasil, ainda apresenta altos níveis de incidência e mortalidade,
com diferentes características da doença no território nacional. A maioria dos
casos é diagnosticada tardiamente, porém há uma grande chance de cura quando
tratado no início.”
“É através da
epidemiologia que se pode afirmar que o câncer bucal é uma doença de alta
incidência no mundo que vem sendo considerada como problema de saúde pública e
que a prevenção e o diagnóstico precoce constituem as melhores formas de
reverter essa situação2.”“A boca é um sítio anatômico de fácil acesso para exame, permitindo que cirurgiões-dentistas, médicos generalistas ou o próprio paciente, através do autoexame, possam visualizar diretamente alterações suspeitas, principalmente nos estágios iniciais, levando ao diagnóstico precoce. No entanto, na maioria dos casos o diagnóstico é feito tardiamente3,4.”
“O estado de Alagoas vem apresentando um crescente número de novos casos de câncer acompanhados de diagnósticos realizados tardiamente e dificuldades de acesso aos tratamentos, 110 novos casos só de câncer bucal para 20085, deste modo, aumentando cada vez mais o número de pacientes que se enquadram no que se denomina de "pacientes fora de possibilidades terapêuticas" (FTP). Estes pacientes geralmente são encaminhados para suas casas, e padecem até a morte com dor e outros sintomas decorrentes da progressão da doença6.”
“Os pacientes mais atingidos foram do gênero masculino, melanoderma, faixa etária acima dos 60 anos, trabalhadores rurais, tabagistas e etilistas.”
“Existe um grande número de pacientes com lesões em estádios avançados; provavelmente porque as lesões iniciais são assintomáticas e também, pelas inúmeras dificuldades de natureza social e desconhecimento.”
“O atraso no diagnóstico do câncer de boca ocorreu mais pela ignorância por parte dos pacientes, que pelos profissionais, apesar de ter sido detectado um índice significativo em relação ao desconhecimento e despreparo do profissional em relação às lesões suspeitas da boca, o que dificulta o encaminhamento dos pacientes.”
“O número de pacientes que procurou o médico generalista foi maior do que o
número que procurou o médico especialista ou o dentista, geralmente
profissionais que não reconhecem os sinais e sintomas do câncer,
consequentemente atrasando o encaminhamento dos indivíduos.”
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